“Há pouco tempo se uma empresa quisesse se manter nos mesmos patamares bastava fazer as mesmas coisas. Hoje, as empresas necessitam correr 10 vezes mais para continuar no mesmo lugar e 20 vezes mais para avançar. É vital ter o bussines sob controle!” (Thomas Friedman).
PRODUTIVIDADE
É de conhecimento público a baixa produtividade das empresas brasileiras, tendo desempenho inferior as empresas da Argentina, Chile, México e Peru, sem falar nas empresas da Alemanha, Espanha, França, entre outras.
É sabido também, que em quatro anos o Brasil atingiu sua pior posição competitiva caindo do lugar 48 em 2012 para a posição 81a. em 2016. Uma queda de 33 posições em apenas quatro anos.
AFINAL O QUE É PRODUTIVIDADE?
Quando falamos em produtividade são tantos os conceitos e definições atribuídas a esse termo que muitas vezes confundem a nossa mente:
– produzir mais com menos: é o resultado daquilo que é produtivo, ou seja, do que se produz, do que é rentável;
– é o resultado daquilo que é produtivo: é a relação entre os meios, recursos utilizados e a produção final. É o resultado da capacidade de produzir, de gerar um produto, fruto do trabalho, associado à técnica e ao capital empregado;
– produtividade é a expressão da eficiência de qualquer negócio. Para uma indústria, por exemplo, a produtividade está diretamente ligada à eficiência na produção;
– é a redução do tempo gasto para executar um serviço, com aumento ou manutenção da qualidade, com os mesmos recursos, sem desperdícios.
A GESTÃO DE CUSTOS COMO BASE PARA CONHECIMENTO DA PRODUTIVIDADE DE VENDAS
Podemos usar a definição de que Gestão de Custos é identificar, avaliar e compreender as causas possíveis de ocorrência desses custos e suas possíveis consequências. A Gestão de Custos auxilia significativamente o proprietário da empresa na boa gestão financeira.
A classificação dos custos de uma empresa em diretos e indiretos é necessária para o cálculo do custo dos produtos, que é:
– Custos Diretos: são todos os custos que podem ser identificados e mensurados no produto. No caso da matéria-prima, pela quantidade consumida e, no caso da mão-de-obra direta, pela quantidade de tempo utilizada em cada centro de custos.
– Custos Indiretos: apropriação do custo ao produto ocorre por meio de rateio ou critério de alocação, rateio este que o caracteriza como indireto.
PRODUTIVIDADE DE CUSTOS EM VENDAS
Imaginemos que os custos diretos com mão-de-obra e outros custos identificados como diretos e alocados nos centros de custos da empresa ABC Industrial totalizem R$ 1.870.916,55 e que os custos indiretos de fabricação totalizem R$ 1.011.282,63 sendo o custo total de fabricação de R$ 2.882.199,18. Vale lembrar que nestes valores não estão inclusos os custos com matérias-primas.
Quando definimos a formação do preço de um produto, temos como base seu custo de produção, ou seja, matéria-prima, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação. Logo, estamos atribuindo ao preço e vendendo, dentre outras variáveis de venda, os itens acima definidos.
Imaginemos então que, pelo mix de venda dos produtos em um determinado período, tenhamos vendido tão somente R$ 1.261.862,58 de custos diretos, excluindo-se aqui os custos com matéria-prima conforme mencionado acima, e R$ 659.730,12 dos custos indiretos.
Logo, teremos uma produtividade de vendas em custos de 67,40% dos custos diretos de fabricação e 65,20% de custos indiretos de fabricação e no total dos custos de fabricação uma produtividade de 66,70%.
Por conseguinte temos então uma ineficiência de R$ 960.606,48 equivalente a 33,30%.
Não adianta querer ser mais produtivo se você não mede o quanto custa para produzir, administrar e vender e quanto você vende desses custos e despesas!
Entendemos, então, que produtividade é a razão entre o que você vende e os recursos que você utiliza para produzir, administrar e vender. É a utilização de máquinas, equipamentos, pessoas, matéria prima, dinheiro, espaço, energia elétrica (recursos utilizados). Enfim, tudo que você gera de custos e despesas para atender o mercado!