A subida constante dos juros nos últimos meses tem gerado preocupação na maioria dos gestores. A justificativa para o aumento da taxa de juros é esfriar a atividade econômica para conter a alta da inflação.

O efeito é direto, gera muitos aspectos negativos:

• Aumento no custo para financiar novos investimentos na empresa;
• Custo mais alto para consumidores em geral financiarem bens de consumo;
• Custo mais alto para clientes conseguirem capital de giro;
• Custo mais alto para consumidores em geral financiarem imóveis;
• Custo mais alto para utilizar cheque especial ou cartão de crédito;
• Custo mais alto para tomar empréstimos;
• Diminuição da atividade econômica em geral;

De forma resumida, com o custo mais alto do dinheiro, as pessoas pegam menos empréstimo e compram menos. As empresas investem menos e sofrem com a demanda reduzida.

Há sim algumas alternativas que podem amenizar esse efeito, podemos resumir abaixo algumas sugestões:
Estoques: atuar na gestão do estoque com foco no giro rápido, estoque na prateleira é custo. Reduzir, negociar entrega, logística rápida, compras frequentes e principalmente cuidar o custo e preço. Acompanhar reajustes dos fabricantes.

Inadimplência de clientes: a dificuldade é generalizada, por isso seus clientes podem ter dificuldades financeiras e isso pode impactar diretamente no atraso da sua carteira. Gestão da carteira e proximidade com o cliente são formas de amenizar os riscos de perdas.

Gestão dos financiamentos/endividamento: trabalhar com capital de terceiros é um dos meios para o crescimento do negócio. Porém, normalmente, os juros estão atrelados à Selic, gerando custos mais altos que os previstos incialmente. Ter uma gestão financeira eficiente, com boas práticas administrativas, contabilidade e fiscal sadios e estabilidade comercial auxilia na busca de novos financiamentos ou negociação dos que já estão em andamento.

Aplicações financeiras: Gerenciar os saldos bancários para que sejam sempre aplicados automaticamente.

Fluxo de Caixa: Acompanhar o fluxo de caixa de curto e longo prazo, aplicar superavit de caixa em opções com maior rentabilidade. Caso se visualize falta de giro, antecipar a busca de empréstimos, tendo tempo hábil de negociação de ofertas.

Gestão de despesas: buscar constantemente melhorias de processos que gerem redução de custos e despesas. Melhor produtividade impacta diretamente no lucro da empresa e consequentemente na geração de caixa.

Prazos de compra e venda: a necessidade de capital de giro está diretamente ligada ao ciclo financeiro e operacional, portanto calcule quanto é necessário ter em caixa para manter o prazo de estocagem, o prazo de compra e o prazo de venda. Quanto mais curto, melhor.

Muitos negócios se beneficiam com as altas taxas de juros, portanto, estratégias devem ser avaliadas diretamente para ter o melhor resultado e passar por esse período mais crítico.

Sucesso e bons negócios!

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