O uso de games tem crescido com o objetivo de impulsionar os processos de aprendizagem e para promover mudanças de comportamentos. Até há pouco tempo era um divertimento (e para alguns ainda é). Mas há um entendimento de que muito mais do que formas de entretenimento, os jogos são capazes de desencadear transformações sociais significativas e, no futuro, contribuirão para a solução de vários problemas globais.

No TED Long Beach Califórnia, em fevereiro 2010, Jane McGonigal, designer de games, abordou o assunto de forma muito interessante e até ousada. Afirmou que muitos dos problemas da humanidade podem vir a ser resolvidos a partir do momento em que as pessoas passarem a utilizar as suas capacidades de jogadores, ou seja, as suas características, habilidades, emoções e, principalmente, a vontade de vencer de forma épica. Estudos têm concluído que os jogadores são motivados em fazer aquilo que vale a pena, e são inspirados para colaborar e cooperar durante os jogos.

Os games têm sido continuamente incorporados tanto na educação presencial como na à distância. As pesquisas e experiências que vêm sendo realizadas mostram que o uso de jogos pode oferecer uma importante contribuição para a aprendizagem. Os games tendem, assim, a se tornar uma tecnologia educacional utilizada naturalmente no processo de ensino e aprendizagem em sala de aula, na educação à distância, bem como nos ambientes corporativos. Nas organizações, os games são aplicados como ferramentas desde implantação de novos métodos de trabalho até para construir e reconstruir modelos de negócios.

O Explorers Game é a transformação do livro, do qual já tratamos nos nossos posts e artigos, num formato que propicia a experiência e vivência nos seus conceitos. Transforma o produto físico e os temas desenvolvidos em 200 páginas em algo lúdico e divertido. O jogo é baseado na metáfora utilizada no livro “Exploradores de um Mundo em Transformação”, de Leandro Jesus e coautores, em que as organizaçoes são transatlânticos, com estruturas rígidas, que “carregam” muitas pessoas e que têm apresentado dificuldades em navegar nesses mares revoltos dos dias de hoje. Foi criada uma dinâmica para os jogadores refletirem quanto as transformações que estão acontecendo no mundo dos negócios.

O jogo é uma porta de entrada, pois não explicará as causas das mudanças na nossa sociedade neste século XXI. Mas é uma forma para começar a despertar nas pessoas que as coisas estão mudando e, assim, gerar uma reflexão para que caminhos alternativos devam ser buscados e construídos.

O formato é em tabuleiro com dados, cartas e outros componentes como sorte ou revés. O objetivo é remover os obstáculos encontrados na travessia. As práticas para a remoção dos obstáculos, que são denominados como âncoras, são representadas por bússolas e apresentam exemplos ao jogador de como algumas empresas estão avançando na nova economia.

O jogador torna-se um explorador nesse mundo em transformação. À medida que vão avançando no tabuleiro, fazem reflexões e vão implementando essas práticas.

Quem fizer as transformações, acessa a Nova Economia!

O Explorers Game mobiliza os participantes a pensarem nos desafios da economia do século XXI, que é digital, colaborativa, inclusiva e voltada para o bem-estar coletivo. Desde o seu lançamento em março passado, já realizamos mais de 80 rodadas do jogo, em diversas localidades, com facilitadores que estão em processo contínuo de formação e aprendizagem. Já são mais de 800 pessoas impactadas em diversas capitais e cidades brasileiras, entre elas: Salvador, Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo, Curitiba e Caxias do Sul. Hoje, o jogo ainda é de abrangência nacional. Mas os planos são de realizar expansão internacional.

Agora, em agosto, estão saindo os novos tabuleiros nas versões 4 e 6 jogadores. Sendo a sustentabilidade um dos pilares da nova economia, todos os materiais utilizados na confecção do jogo são sustentáveis.

Vamos jogar?

 

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